Para refrescar um pouco a memória, vale lembra que a bomba de Hiroshima era uma arma de fissão de tipo balístico com 60 quilos de urânio-235. Ela foi lançada pelo avião Enola Gay às 8h15 da manhã daquele dia, explodindo a cerca de 600 metros do solo.
Roupas em farrapos

Aos 34 anos de idade, Toshiko Takagi foi exposta à bomba em seu local de trabalho a 1.200 metros do hipocentro da bomba atômica. Seu rosto ficou carbonizado e irreconhecível, mas ela conseguiu encontrar seu caminho para casa por conta própria.
Fragmentos de vidro

Muitas vítimas que tiveram o corpo perfurado por estilhaços de vidro não puderam removê-los devido às péssimas condições de ajuda pós-bombardeio. Mesmo décadas após a tragédia, alguns sobreviventes encontraram pedaços de vidro em seus corpos e conseguiram removê-los cirurgicamente.
Danos pela explosão

No instante em que a bomba atômica foi detonada, criou-se uma superalta pressão de centenas de milhares de atmosferas no epicentro. O ar ao redor expandiu-se enormemente, gerando uma poderosa explosão. Mesmo a 500 metros do hipocentro, a pressão era extrema, tendo uma força de 19 toneladas por metro quadrado.
Unhas Pretas

Yoshio Hamada, então com 26 anos, foi exposto à bomba em seu quartel a 900 metros do hipocentro da explosão da bomba. Sua mão esquerda estava no parapeito da janela quando a bomba explodiu. Os seus dedos médio e quarto da mão esquerda foram expostos diretamente aos raios de calor e eles foram tão queimados que a pele e as unhas se desprenderam das pontas deles.
Portas de ferro contorcidas

A explosão da bomba atômica foi extremamente poderosa, até mesmo para um Depósito do Exército, localizado a 2.670 metros do hipocentro. A pressão da bomba foi tanta, que estas portas de ferro que foram empurradas para dentro e praticamente amassadas como papel. O telhado também ficou seriamente danificado.
Chuva negra

De 20 a 30 minutos após a explosão, a poeira e a fuligem espalhadas no céu sobre Hiroshima começaram a cair como chuva sobre partes da cidade. Esta chuva caiu em um raio de cerca de 29 quilômetros a partir do hipocentro, soltando fuligem radioativa e sujeira que havia sido explodida no ar.
Efeitos agudos

Os sintomas de envenenamento por radiação que apareceram nas pessoas logo após o bombardeio atômico foram chamados efeitos agudos. E eles danificaram severamente os corpos das vítimas. A radiação destrói as células, altera a qualidade do sangue, causa danos na medula e outros órgãos, causando ainda muitas outras lesões graves.
Danos pelos incêndios

Quando a bomba atômica explodiu, as casas que estavam localizadas diretamente sob o epicentro também explodiram instantaneamente em chamas. Pouco tempo depois, as chamas queimaram toda a cidade. Todo combustível em um raio de dois quilômetros do hipocentro foi queimado. Na planície queimada, tudo tinha derretido com os incêndios e cobriu a área como lava.
Outras sequelas

Os danos causados pela radiação não se limitaram às semanas ou meses imediatamente após o bombardeio. As sequelas continuaram a se manifestar ao longo de décadas. Até o final de 1945, os ferimentos causados pela bomba atômica pareciam estar curados, mas logo as cicatrizes queloides, a visão atingida pela catarata, a leucemia e outros tipos de câncer começaram a aparecer em muitos sobreviventes.
Caixa de primeiros socorros

Imediatamente após o atentado, hospitais, escolas e outros edifícios que sobreviveram ao incêndio foram transformados em estações de “alívio temporário”. Dia após dia, milhares de sobreviventes iam a esses locais procurar tratamento. Os medicamentos escassos disponíveis logo foram esgotados, mas os médicos, enfermeiros e outros voluntários fizeram o seu melhor para fornecer qualquer tratamento que podiam.
Origamis

Sadako Sasaki tinha dois anos na época do atentado. Ela cresceu saudável e forte. Dez anos depois do bombardeio, de repente ela desenvolveu leucemia e morreu após uma batalha de oito meses contra a doença. Em seu quarto de hospital, Sadako dobrou vários pedaços de papel incessantemente, expressando seu desejo de viver.